sexta-feira, 12 de junho de 2009

A paixão é cega..... mas ajuda na evolução

Paixão é mesmo cega. E a afirmação não é empírica. Foi comprovada pela ciência. Pesquisas recentes mostram que o cérebro da pessoa apaixonada desativa estruturas responsáveis pelo julgamento crítico e por mantê-la em alerta contra as ameaças do ambiente. Mas quando a paixão evolui para o amor, os mecanismos de defesa são retomados. Além de prazer e bem-estar, o amor ainda contribui com a evolução da espécie, aponta o trabalho.O assunto está sendo apresentado no 5.º Congresso Brasileiro do Cérebro, Comportamento e Emoções, que será encerrado amanhã, em Gramado (Rio Grande do Sul). Em “A ciência por trás da paixão – novas pesquisas sobre amor e felicidade”, o neurologista André Palmini, da Faculdade de Medicina da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), reitera que o apaixonado dificilmente consegue ver defeitos e desconfiar da pessoa amada. “Estudos com imagens mostram que os mecanismos cerebrais que nos fazem ter uma visão crítica sobre as atitudes dos outros são desativados. É a explicação da ciência para a cegueira da paixão”, afirma. Mas de acordo com ele, se no auge da paixão os mecanismos quase não são ativados, com a consolidação do sentimento em amor, o cérebro começa a reagir. Volta a ver a pessoa amada de forma parecida em relação aos outros. Segundo Palmini, o amor também é um dos responsáveis pela preservação da espécie. “Temos no nosso cérebro um sistema de recompensa, que é o que nos faz buscar alimentos, água e a sobrevivência em geral. Pesquisas demonstraram que o amor também ativa de forma intensa este sistema, nos proporcionando prazer e bem-estar. Na busca de bem-estar, amamos, nos reproduzimos e evoluimos como espécie”, explica. Para ele, um desafio da neurociência é apurar a razão pela qual as pessoas continuam juntas, mesmo depois das mudanças no comportamento cerebral, que permitem aos casais “enxergar” melhor o companheiro.

Ah, a paixão é cega... mas o vizinho não...
Feliz Dia dos Namorados e Coragem, sempre.

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