segunda-feira, 13 de julho de 2009

Dia Mundial do Rock

Bom dia.


A história do rock brasileiro

Década de 50

O marco inicial do rock brasileiro é datado de 24 de outubro de 1955, quando foi lançada, na voz de Nora Ney, a música “Ronda das Horas”, uma versão de “Rock Around the Clock”, um dos primeiros sucessos do gênero, originalmente gravado por Bill Haley.

Depois do inusitado hit inaugural, os brasileiros simpatizaram com a subversiva novidade norte-americana, que começou a ser assimilada por cantores como Cauby Peixoto (foto), que em 1957 gravou a primeira faixa tipicamente nacional dentro do gênero: “Rock and Roll em Copacabana”, do compositor Miguel Gustavo.

Uma nova juventude começou a surgir, adotando como principal lema a contestação dos padrões da época, e as primeiras “baladas” rock’n’roll se concentravam em shows regionais, bailes, e festas das rádios, sendo que a moda ainda era dançar juntinho, só que com movimentos mais rápidos e ousados.

Década de 60
É nos anos 60 que surge o primeiro sucesso no cenário do rock brasileiro, na voz da cantora Celly Campello, responsável por popularizar as canções “Banho de Lua” e “Estúpido Cupido”, abriu caminho para o nascimento da Jovem Guarda, encabeçada por Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléa (foto), que criaram um repertório de letras românticas em ritmo acelerado, sendo o primeiro conjunto do Brasil que conseguiu a adoração nacional.

Surge também a Tropicália, uma revolução musical promovida pelos baianos Caetano Veloso e Gilberto Gil, que criaram um novo estilo ao fundirem as guitarras elétricas com os mais tradicionais gêneros da música de raiz nacional.

Também surge uma das bandas mais cultuadas no mundo todo até os dias atuais – Os Mutantes, formado por Arnaldo Batista, Sérgio Dias e Rita Lee, consagraram-se com um estilo musical que misturava desde psicodelia, Beatles, música concreta, erudita e até o samba.

Em junho de 67, é inaugurada a famosa casa de shows Canecão, no Rio de Janeiro, que marca uma nova era – as festas começam a sair dos clubes locais e vão para estabelecimentos específicos, destinados em receber concertos de rock.

Década de 70
No Brasil, o baiano Raul Seixas (foto), misturando esoterismo e pura provocação, conquista os jovens com seu estilo debochado. Enquanto isso, Rita Lee cria a banda Tutti Frutti e se torna a grande dama do rock nacional. Os Secos & Molhados adaptaram o estilo glitter rock de Bowie à música folclórica, criando também um sucesso nunca visto antes.

O hard-rock e o progressivo também ganharam força, com os músicos Arnaldo Baptista e Sérgio Dias e suas respectivas bandas. O pré-punk aparecia em 77, com o Joelho de Porco e suas sátiras.

Nesta década, o fim dos Beatles foi emblemático e ajudou na transição entre o rock básico de letras simples para o mais complexo, com melhores instrumentos, apoio de orquestras (como no caso do Deep Purple), e muitos sintetizadores, usados na criação dos sons eletrônicos.
Década de 80
O principal ano do período foi em 85, graças a um acontecimento crucial: o Rock In Rio tornou-se o maior concerto de rock de todos os tempos. Foi um público estimado em um milhão e meio de pessoas durante os dez dias de música. A partir de então, o país entrou na rota das grandes turnês internacionais e a juventude passou a ter mais orgulho das produções locais.

Os expoentes eram, por exemplo, Ultraje a Rigor (foto) e a banda RPM, que gravou o disco “Rádio Pirata Ao Vivo” e foi recordista de vendas – de qualquer gênero – no Brasil: somando 2,2 milhões de cópias comercializadas.

No mesmo período, o Legião Urbana lançava seu primeiro álbum, mostrando que os ideais punks continuavam fortes, assim como nos sons dos Garotos Podres, Camisa de Vênus, Ira!, Replicantes, Cólera e Plebe Rude.

Década de 90
Durante o começo da década de 90, surge uma potência mundial do heavy metal: o Sepultura, que também foi atração do segundo Rock In Rio, realizado no Maracanã, com estrelas como Prince, Guns’n’Roses, Nenhum de Nós e Capital Inicial.

Fusões ficam mais evidentes no cenário nacional, como no caso do Cidade Negra, que ganhou fama por suas misturas com reggae, assim como o Skank, além de Chico Science & Nação Zumbi, que misturavam maracatu com a música pop de vanguarda.

Planet Hemp chocava com suas letras que pediam a legalização da maconha e Os Raimundos fundiam o forró com hardcore. Porém, o recorde comercial de meados de 96 foi da então desconhecida banda Mamonas Assassinas (foto), que chamou a atenção com suas músicas debochadas, vendendo a impressionante quantidade de 2,6 milhões de discos.
Convivendo com tantas novidades e misturas, vindas também do Pato Fu, O Rappa, Jota Quest e Los Hermanos, os veteranos do rock brasileiro conseguiram seu espaço e voltaram a brilhar; como Lulu Santos e Arnaldo Antunes.




A evolução do rock mundial

Década de 50: os primeiros passosOs primeiros passos do rock’n’roll foram dados na década de 50, quando o ritmo ainda era bastante influenciado pela sua origem: o blues. Considerado o pai do rock, Bill Haley, transformou a música baseada no country, e a criou numa nova batida rítmica - rápida, acentuada e dançante.

Bill e sua banda, The Comets, foram os responsáveis pelo sucesso “Shake, Rattle and Roll”, um dos primeiros sons roqueiros a tocar nas rádios, em meados de 1954. O rei do rock, Elvis Presley (foto), surgiu no ano seguinte, e conquistou uma legião de fãs, graças ao seu rebolado revolucionário e canções que uniam diversas vertentes, como folk e rhythm & blues.

Ao mesmo tempo, Chuck Berry aparecia na paradas graças ao apelo rebelde de suas músicas, que chocavam grande parte da sociedade conservadora da época. Já Little Richard, era temido com seu visual afeminado. Usava maquiagem em excesso e tinha um penteado exótico. Little foi o responsável pelo verso que viria a ser para sempre o grito de guerra mais conhecido do rock: "a wop bop a loo bop a lop bam boom”, da canção “Tutti Frutti”.

Década de 60: A transgressão
Nos anos 60, a importância do rock não estava mais focada em sua batida dançante e escandalosa, mas sim na contestação e nos protestos ideológicos, que culminaram como a década dos “Anos Rebeldes”.

O marco mais importante desse período foi a estrondosa aparição de quatro jovens de Liverpool nas paradas de sucessos da Europa e Estados Unidos – The Beatles (foto), que tiveram como primeiro hit a música “Love me Do”.Amante do folk e ativista social, o então jovem Bob Dylan aparecia como um contestador político, ao mesmo tempo que movimentos pacifistas e manifestações contra a Guerra do Vietnã se espalhavam ao redor do mundo.

Os Rolling Stones, barulhentos e desgrenhados, começavam a agradar os roqueiros insatisfeitos com o jeito cordial e polido de John Lennon e sua trupe. Em 1969, o Festival de Woodstock torna-se o símbolo dos jovens que buscavam a liberdade de expressão. Sob o lema "paz e amor", meio milhão de pessoas compareceram ao seu primeiro concerto, que contou com a presença de Jimi Hendrix e Janis Joplin.

Conjuntos como The Who, Jefferson Airplane, Led Zeppelin e The Doors também são as revelações desse período.

Década de 70: Punk-rock e discotecas
Nos anos 70, o rock é dividido em dois segmentos principais: os sons pesados e rebeldes, contra as inovações dançantes da disco music, que começava a se aproximar das guitarras.

Neste primeiro grupo, nasce o obscuro heavy-metal, inaugurado por bandas cultuadas até hoje, como Judas Priest e Black Sabbath (foto), que se desvencilhavam do clima hippie com melodias pesadas e letras assustadoras focadas em demônios, maldição ou composições contestadoras.

A música punk, nascida em Nova Iorque, logo viria a integrar esta parcela revolucionária, porém de execução simples. De origem operária e suburbana, os grupos demonstravam seu ódio contra o sistema e a classe bem-remunerada. Bandas como Sex Pistols, que difamaram a rainha; e os Ramones, que criaram um estilo de três acordes (notas musicais) – acelerados, violentos, com duração mínima.

Ao mesmo tempo, nas pistas, outro estilo musical desponta com os sucessos de figuras como Elton John e David Bowie, e as casas noturnas são equipadas com globos de espelhos, que se espalham rapidamente pelo planeta. Era a fase da moda disco, que depois se afastaria definitivamente do rock.

O rock progressivo também veio à tona e deixou de queixo caído aqueles que estavam acostumados a ouvir música nos padrões e tempos tradicionais - Pink Floyd, Genesis e Yes criaram composições experimentais e extremamente elaboradas, fazendo viagens sonoras com suas músicas que duravam mais de dez minutos.

Década de 80: Rock na Tv
Apesar de ser uma década muito criticada devido sua produção de gosto duvidoso, os anos 80 foram marcados pela convivência de vários estilos no rock e por sua popularização, graças à MTV, que começou a transmitir músicas num novo formato, o vídeo clipe.

A new-wave foi o estilo de maior sucesso, graças ao seu ritmo dançante, bem ilustrado por bandas como Sugarcubes e B52’s, ao mesmo tempo que The Smiths, R.E.M e U2 (foto) provaram que ainda era possível fazer canções mais puristas, compostas apenas por guitarras, baixos e baterias.

Outra faceta veio à tona, o thrash metal, que ilustrava a violência e o caos político, com os primeiros passos do Mötörhead e Venom, seguidos por Metallica, Slayer e Anthrax. Já as baladas e acordes mais suaves ficaram com Bon Jovi, Guns’n’Roses e White Snake.

Década de 90: Grunges e o brit-pop
Depois do glamour nas roupas, shows e atitudes dos anos 80, uma corrente de oposição ao brilho e ao visual exagerado tornou-se o grande fenômeno dos anos 90: o movimento grunge, que conviveu com as novidades que misturavam heavy-metal com rap e funk, junto com uma cena alternativa de grande força inglesa.

O grunge nasceu na chuvosa Seattle, e ganhou força em 91, no lançamento de um dos discos mais importantes da década, “Nevermind”, do Nirvana (foto), que ao lado de Pearl Jam, Mudhoney, SoundGarden e Alice in Chains, criou uma nova ideologia juvenil de protesto e revolta.

Bandas como Red Hot Chilli Peppers e Faith no More seguiram por outro rumo, fundindo o metal com os grooves dançantes, que caíram no gosto dos roqueiros. Já o feminismo da década de 60 voltou aos palcos com as “riot grrrls”, garotas que empunhavam guitarras tocando punk-rock. Bons exemplos são Bikini Kill, o Hole, Sleater-Kinney e L7.

Os britânicos, pela primeira vez desde dos Beatles, voltam às paradas mundiais com o polêmico Oasis, que abriu caminho para conjuntos como Blur, Radiohead, inaugurando a cena chamada brit-pop, que até hoje traz boas novidades como Coldplay e Arctic Monkeys.

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