sábado, 11 de julho de 2009

Só pra ninguém esquecer....


Lucas José da Silva Ezequiel permanecia internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa de Jaú até o fechamento desta edição. O estado de saúde era descrito como crítico. Ele é uma das vítimas do acidente da madrugada de quinta-feira na avenida Isaltino do Amaral Carvalho no Jardim Diamante, em Jaú, que matou dois jovens, após serem atropelados na saída de uma festa. A quarta vítima do acidente, André Felipe, 20 anos, se recupera na enfermaria da Santa Casa da cidade, onde aguarda cirurgia. Ele fraturou a perna direita e teve várias escoriações pelo corpo.
O diretor técnico da Santa Casa de Jaú, Paulo de Tarso Nunes Chiode, informou que o estado de saúde de Ezequiel é crítico. O último boletim ontem à tarde informava que o paciente continuava respirando por aparelhos, sem sinal clínico de melhora. “Ele sofreu um traumatismo no crânio, um edema cerebral que não está cedendo”. Conforme apurado pela polícia de Jaú, Ezequiel trabalhava próximo à avenida como guardador de veículos.
De acordo com o diretor do hospital, o edema ocorre quando, em razão de um trauma, o cérebro incha, comprimindo as paredes do crânio, o que aumenta a pressão interna e prejudica a circulação sangüínea e a oxigenação do órgão. Essa alteração de quadro acaba prejudicando o funcionamento das células nervosas e pode levar a morte. “Mesmo cedendo, o edema às vezes deixa seqüelas, mas ainda é muito cedo para se dizer alguma coisa sobre seqüelas”.
Os quatro jovens foram atropelados pelo Honda New Civic DIZ 7771 de Jaú, conduzido em alta velocidade por Paulo Eduardo Veratti Diz, de 22 anos. O motorista teria perdido o controle da direção, batido na traseira do Gol BQK 7452 de Dois Córregos, rodopiado na pista e atingido os jovens na rua, no momento em que eles iriam embarcar em um veículo estacionado.
Após o acidente, que revoltou a população da cidade, Natan Jonas Badin, 18 anos, foi arremessado por alguns metros e teve morte instantânea. Já o seu primo Heikson Gustavo Franco da Silva, 17 anos, chegou a ser socorrido por uma unidade do Samu, mas não resistiu aos ferimentos, morrendo no Pronto-Socorro da Santa Casa de Jaú.
O motorista do veículo, acusado de provocar o atropelamento, foi conduzido ao plantão policial e autuado em flagrante por homicídio culposo (quando não há intenção de matar). Após pagar fiança no valor de R$ 1.200,00 e se recusar a ceder sangue para a realização de exame de dosagem alcoólica, ele foi liberado pelo delegado de plantão para responder ao inquérito em liberdade.

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Caso semelhante se arrasta há 2 anos

Em abril de 2007, a engenheira Walterez Regina Venturini Macacari atropelou seis pessoas e matou duas. O caso também chocou a população jauense e até hoje ronda os pensamentos das vítimas sobreviventes. O acidente aconteceu no centro comercial da cidade, mais precisamente no cruzamento das ruas Major Prado com Riachuelo, próximo à igreja matriz.
O acidente aconteceu por volta das 17h40, horário do fim da missa. Macacari dirigindo uma picape Mitsubishi pela rua Major Prado bateu contra a traseira de um Fusca que manobrava para estacionar. Com o impacto, a picape derivou para a esquerda, seguindo em frente e atropelando Elizabeth Braga Rocchi e Maria do Amaral Braga, duas irmãs que saiam da missa.
A condutora prosseguiu pela contramão de direção pela rua Riachuelo e atropelou Valdete Ometto Ciamariconi, 65 anos, e, na sequência, Adelmo Pataro, 77 anos, Iracy Pataro, 77 anos (mulher de Adelmo), e Maria Terezinha Tirolo, 53 anos. Adelmo Pataro morreu no hospital e Valdete Ciamaricone no local. As demais vítimas sofreram lesões graves.
A trajetória do veículo prosseguiu e bateu contra uma árvore, um Voyage estacionado que foi jogado contra um Gol que estava parado. Atravessou a rua Riachuelo, bateu em um Corsa e parou quando colidiu contra a parede de uma residência.
O inquérito, que apurou as circunstância e as causas do acidente, foi concluído em dezembro do mesmo ano. Macacari foi acusada por dois homicídios culposos e lesões corporais culposas contra as demais vítimas. A conclusão foi encaminhada para o Ministério Público que, em julho de 2008, denunciou a engenheira por duplo homicídio doloso e lesões corporais dolosas por quatro vezes.
No entender do promotor público Celso Élio Vannuzini, autor da denúncia, a engenheira não teve a intenção de matar as vítimas, mas assumiu o risco de produzir o resultado morte quando tentou fugir do local onde havia colidido com o Fusca e trafegou na contramão de direção pela rua Riachuelo.
O juiz substituto da 1ª Vara Criminal de Jaú acatou o pedido do MP e pronunciou a engenheira. A decisão significa que a condutora irá a júri popular, mas houve recurso da defesa de Macacari que contesta a decisão e será julgado pelo Tribunal de Justiça.

#coragem e vamos twittando

3 comentários:

  1. muito bom o blog e os artigos, vou cita-lo em um post no meu blog tb se não se importar...

    sou jauense que procura aquilo que o povo ja esqueceu...


    parabéns

    abraços

    Daniel
    ociberativista.com

    (PS:acho que seria legal colocar a opção Nome/URL no Comentar como)

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  2. Espero que não caia no esquecimento, que as autoridades tomem as devidas providências. Casos assim não podem ficar impunes. Nós filhos das vitimas rezamos todos os dias pra que as autoridades cheguem a conclusão rápido desse processo. Só quem passa por uma situação assim sabe o sofrimento que é aguardar por uma solução. Peço que a população ajude a não deixar cair no esquecimento, pois quem sabe assim as autoridades competentes tomem uma decisão justa.

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  3. A Vida de 02 pessoas custaram a bagatela de $ 4.500,00, pouco quem sabe pra Engenheira Macacari, que no ato sacou um talão de cheques e prontamente preencheu, tão rápido qto na Delegacia ela foi liberada, tão rápido foi qdo os familiares dos falecidos foram atendidos na Delegacia onde uma hora depois do acidente não havia ninguem sequer pra dar os detalhes,e tão longo é o sofrimento dos familiares que não tem sequer noticia da Justiça. Tão longo foi o socorro prestado as vitimas, onde a fulana Macacari, nem sequer prestou socorro, tão rápido foi ela ligar pro dentista cancelando sua consulta. A Verdade é que pessoas que se dizem infuentes e socialites tem lá suas alternativas financeiras que acham que compram todo mundo. Mas Deus há de ser justo, e como cidadão Jauense espero que que justiça seja feita e que a fulana Macacari ao qual fazia chá das 17:00 ao estilo ingles possa quem sabe na cadeia fazer um banho de sol no mesmo horário, e que lá os 4.500,00 não tenha utilidade nenhuma.

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